Asa Partida

Saudade, whisky à cowboy... E a noite
A vida, viva, posta sobre a mesma
E o pensamento vai longe... Eu com ele vou...

Vejo teu sorriso no meu peito
Em cada parte do coração há um gemido
E a asa partida... Vai, tão longe vai...

São esses os detalhes de um momento único
Onde as mudanças estão a velocidade da luz
E o coração está calmo, mas crucificado na cruz...

No entando, nada me entristece
E o tom, pausado e obscuro da poesia, é só nostalgia
Porque nada do que quero consegue me suprimir..

Já as palavras devoram
Principalmente as que o coração não quis
E o que me faz infeliz é o brilho do olhar que eu não senti...

A saudade, também posta sobre a mesa, ainda está viva
Todos os dias está a ressuscitar
Porque foram tentativas apaixonadas, até dilacerar...

O sentimento de mim se esvaiu
Está ilhado... mas Insiste, ainda, louco a incomodar
E a alma, de tanto tentar, anda perdida...

E, no misterioso livro do meu ser,
Eu posso dizer, calando o que há em mim
Que tu foste como Deus, princípio e fim...