Nem um toque...

Ver, olhar de mansinho
Muita coisa pra dizer... Muito carinho
Mas não há toques, nem carícias, enfim
Tudo vai ficando assim...

Dessa forma eu te vejo distante
Mas te desejo por um instante
Minhas mãos querem te alcançar
Gostaria de te mostrar o ato de amar...

Seria bom o contato imediato
Há sintonia e isso já é um fato
Por isso te chamo a atenção
Falando de forma pura e com o coração...

É esse o desejo do momento:
Que nenhum de nós resista mais tempo...
Assim, que seus olhos possam encontrar os meus
E que os meus braços sejam porto seguro para os seus.

Silêncio dos Inocentes

Página em branco, sentimento ilhado
Perguntas na alma, coração sufocado
O livre arbítrio me fala em amor
O meu corpo pede calor...

São horas difíceis de reflexão
Paz e cama pedem comunhão
Meu ser queima com tamanha paixão
Não há meio termo para coisas do coração...

Quebra-se o silêncio dos inocentes
Nossos corpos quentes estão dormentes
Sabor e pecado se dão uma trégua
Mas não se prende o amor numa régua...

Página escrita, finalmente
Só a noite sabe o que o poeta sente
Só a madrugada grita o que tá silente
E só a poesia esfria um amor tão quente.

Nessas Horas

Cada um no seu canto
Coração junto, no entanto
Eu vejo o tempo passar
Não nos deram espaço para amar...

Uma parte de mim é pranto
A outra é amor, encanto
Há sim em tudo de mim você
Mas a distância faz sofrer...

E sim, são nessas horas que falta o ar
Levanto os braços para te encontrar
Toco na tua face para te beijar
Porém és miragem no meu sonhar...

Estás lá e eu de cá
A saudade aqui a me machucar
E, dentro de mim, uma voz a murmurar:
Tudo tem seu tempo, hora e lugar.

Intervalo de Paixão

Intervalo de paixão no coração
Silêncio na vida, sentimento em reflexão
É o momento decisivo em que perco você
Com todas as razões e porquês...

Uma história de novela, cena a cena
Pelas consequências, termina de forma amena
Foi um turbilhão de paixão, no peito um nó
Intesidade a cada momento, porém, agora estou só...

A tempestade de amor agora parou
Foi como uma chuva que o vento soprou
Toda história de amor tem um pouco de dor
Mas o texto é sem ilusão, sem rancor...

Contagem regressiva e o fim
Último capítulo, eu sem você, você sem mim
Tomada final da nossa hitória
Um final sem felicidade nem glória.

Amor Próprio

Sem pressa, pausadamente
Corpo e mente abertos, silenciosamente
A vida ganha cores especiais
Nasce um ser melhor, mais e mais...

Tudo se torna mais fácil assim
Sem ninguém que te lembre algum "fim"
O coração se abre sem machucar
A alma te chama para dançar...

Então me jogo, do alto
É o meu mais belo salto
Sinto-me um ser sem ninguém
É a chegada do amor próprio, amém...

As frases ficam mais belas, a vida também
Nada nos incomoda se a gente tá bem
E é essa a dádiva que a gente tem
Porque o que importa é ser feliz e não refém...

Medida Certa

Teus braços, minha mais bela rota
Minha vida, assim, em ti encosta
O espaço entre nós dois é ponte da saudade
O sentimento é quem nos traz proximidade...

Coração quer, sempre, saber de você
Que dia ele não quer te ver?
É uma eternidade de querer
Há sim amor e ele quer me absorver...

E não importa se não passo na tua porta
A distância é o que menos importa
Já sou dependente e viciado em você
É só pensar em mim...eu largo tudo pra te ver...

É assim que me torno, mais e mais, seu
Nossa história tem um pouco de Julieta e Romeu
Mas o final te quer viva, agora e não depois
Minha paixão tem a medida certa pra nós dois.

🎵 Chegaste (fostes)

Ouvi o rei cantando "chegaste"
Mas a minha realidade é que tu fostes...
E, como o tempo, vais caminhando
Eu, no compasso, ainda recordando...

As lembranças, o tempo não desfez
As marcas hão de ficar, talvez...
Os risos de anos são constantes
Mas se sobressai a lágrima de um instante...

Já é tarde para apaixonar-se
Talvez não seja para amar-se (...)

Era necessário mais que um amor sincero
Não bastava só o "te quero"
Pois, na vida, nada é doce como caramelo
Mas sombrio, como o porão de um castelo...

E, agora, desconheço o tempo e os espaços
Não há caminhos para os seus braços...
Existe o vazio do silêncio em mim
É uma história de amor chegando ao fim.

Sinais de Fumaça

Sinais de fumaça...
Enquanto isso a vida passa...
Toques, sons, tudo silencia absurdamente
Transformo-me num ser carente...

Longe de tudo, de todos... Abraço a solidão
Sou um corpo doente querendo ser são...
Mas luto comigo mesmo... luta interior
Corpo frio e um coração cheio de calor, com dor...

Oscilo entre querer e desistir
Sou o desequilíbrio entre o chorar e o sorrir...
Porém me equilibro entre o ser e o estar
Contorno o sentir querendo me encontrar...

Sinais de fumaça, muitos significados
Imenso amor, com sabor de pecado
Mantenho-me firme, apesar do contexto
Meu sentimento não é nenhum pretexto.

Dois Seres: Felicidade...

Sem toques mas com o olhar
Dois seres se encontram... hipnotizar...
Contato franco sem machucar
Encontro do rio com o mar...

Começa o mistério e o desatino
Coisa típica do destino
Inicia-se uma história
Dois seres já estão na memória...

Jogo de amizade e carinho
Dois seres únicos não ficam sozinhos
E, mesmo distantes fisicamente
Há um elo inexplicável, simplesmente...

E assim uma história é escrita com o coração
Longe dos olhos, mas com emoção
E não importa o tempo ou a idade
Se me queres contigo seremos "felicidade".

Senhorita

Vejo-te do meu lado
Coração dispara sim, muito acelerado
Nas mãos uma fotografia
Na alma mergulho na fantasia...

Mas não quero a ilusão
Não vou te amar em vão
Mesmo contrariando a razão
Chamo-te e te entrego minha singela paixão...

Sim, senhorita, não te peço somente as mãos
Peço-te o corpo e o espírito com devoção
Virás e viverás comigo cada palmo desse amor
Sentirás, corpo a corpo, nosso efervescente calor...

E não te terei somente do lado, assim
Estarás, como um só ser, dentro de mim
Então gritarei com toda as forças possíveis
Que te amei cada segundo de formas impossíveis...

No Seu Tempo

Cartas sobre a mesa
Luz vermelha acesa
No jogo da vida pontadas nos corações
O viver exige decisões...

E o ser mergulha na realidade
Entende os limites da felicidade
A voz se cala, o coração consente
Compreende-se tudo que é ausente...

A vida então se define
Pede-se ao espírito que ensine
Adormece o que é abrasante
A calmaria se faz constante...

E, de repente, tudo fica silente
Palavras se vão, paulatinamente
De repente, não mais que de repente
O sentimento se esvai, indefinidamente.

Amor de Prateleira

AMOR DE PRATELEIRA

Sonhos engavetados, amor na prateleira
Revejo as fotografias, vejo-te inteira
Cansamos de muito amar?
Será que você deixou pra lá?

Não, num estalar de dedos, nada vai embora
Ficaram as marcas explícitas de outrora
Teu corpo no meu e vice-versa
Amamo-nos luxuosamente... Tapete persa...

Ficou sim, no teu corpo, as minhas digitais
No meu corpo ficaram os teus fortes sinais
E, apesar do temporal que avassala o peito
Continua o amor louco, mais que perfeito...

Então, que a gente se encontre colado
Que nos corpos fiquem o sabor de pecado
Que a paixão alucinante continue na moda
Porque ficar longe de você é "foda"...

Estações

Ei, cuida do meu coração
Ele está em suas mãos
Um pouco triste... Perdido
Mas com sentimento aquecido...

Dê-me a direção
Sem você não há chão
Não há melodia na canção
E é tão forte a paixão...

Lembra das cartas de amor?
Sim, foram feitas por um sonhador
Que se acalmou com o teu calor
Que tem em ti a mais bela flor...

Então, cuida também do teu coração
Estando ou não em minhas mãos
Porque, por você, eu tenho devoção
E é por ti que meu peito arde de paixão.

Sem Legenda

Sem Legenda

Segure firme a mão
Assim como o sim, é hora de sentir o não
Segure firme o coração
É hora de escrever a última canção...

Sabe o abraço, aquele que não terminou
Sabe o beijo, aquele que não se perpetuou
Sabe o olhar, aquele que sempre cintilou
Sabe o amor, aquele que nunca acabou?

Pois é, cada um deles era real e capaz
Mas o tempo apaga e desfaz
Quando o querer é só um e não "mais"
A paixão, assim, não se refaz...

E se eu tivesse avançado o sinal?
Será que seria diferente o final?
Não, amor imortal é uma mera lenda
É amor proibido que não tem legenda.

Coração Alado

Sim, hoje sou deserto
A ventania é um sopro incerto
Perde-se a força com o tempo
O sentir foi-se, catavento...

Aquela luz que havia
Apagou-se... Virou utopia
Acalmou-se o meu pulsar
Não há mais o que conjugar...

Ilusões perderam-se nas lembranças
Fechou-se o olhar puro... De criança
Existe apenas um escuro véu
Não há mais estrelas no meu céu...

E, nessa estrada, sigo só
Ouvindo músicas numa nota só
Nem ré, nem mi, apenas dó
Adão, antes de Eva e depois do pó...

Sem Ti...

Inventadas mil histórias
Para ter você do lado e na memória
Parece que não valeu a pena
Sou um ator fora de cena...

Durante muito tempo houve o "eu te quero"
Hoje pensas que não sou mais sincero
Calou-se o amor, também o assédio
Não há mais cura, nem remédio...

Tudo é difícil, podes crer
Percebo que sem ti é complexo viver
Mas não estás mais aqui
Estancou-se o sorrir...

Eu abri as portas do meu coração
Fui fiel a você, como numa oração
É hora de esquecer, o que passou passou
E o próprio tempo me ensinou...

Queda Livre

Batidas na porta, eu indo te ver
Uma simples flor, para você
Um abraço apertado, corpos colados
Um beijo na testa, enamorados...

Seguro, firme, tuas mãos
Caminhamos juntos, com paixão
Na sala de jantar duas taças de vinho
Olhos nos olhos, transmissão de carinho...

A noite passa, muita ternura
Papo gostoso, não há amargura
Depois do jantar, beijos e abraços
Muitas carícias, deliciosos amassos...

E a madrugada cai, amamos por merecer
Mas chega de imaginar, deixa acontecer
Vem logo pra mim com seu calor
Pois estou em queda livre, caindo no seu amor.

 

Jogou Fora...

Juras de amor, um dia
Mãos unidas em demasia
Impura utopia
Uma falsa alegria...

Noites cheias de ilusões perdidas
Paixão real preterida
Doação boba e incondicional
Desilusão surreal...

Jamais houve lado a lado
Sempre foi coração alado
Tudo foi feito de modo perfeito
Mas o recíproco sempre foi imperfeito...

Perde-se a força e o bem querer
Finca-se a solidão, por merecer
Foi tudo da boca pra fora
Jaz um amor puro... Você jogou fora.

Décima Dose

Décima Dose

Whisky sem gelo, primeira dose, pode crer
Lembrança automática de você
Sem tom, sem toques, com dor
Enchendo o caneco sem seu calor...

Ao redor, pessoas a flertar
Eu, sozinho, mas vejo-te em cada olhar
Sem você eu perco a alma
Mas no buteco a viola me acalma...

É hora de pedir àquela moda de viola
A que te lembra todas as horas
A que me deixa sem chão
A que fala de nossa louca paixão...

Whisky sem gelo, décima dose
Já é porre de você
Com tom, com toques, sem dor
E com a ilusão do seu amor... 

Trem-Bala

Sentir-se infinito
É o segredo para ter um destino bonito
Sinta sempre isso em ti
Mas nunca queira tudo pra si...

A vida cai, diariamente, sob nossas cabeças
Tem coisas que a gente não quer que aconteça
É necessário saber que não se pode tudo
E que somente vivendo já somos sortudos...

Por isso faça valer a pena
Encare a vida como um belo poema
Viva como se fosse rima o pulsar do coração
Faça dos próximos um belo refrão...

Tem coisas que o dinheiro não pode comprar
Valorize o amor de quem quer compartilhar
Aproveite o tempo, expressa-te, não te cala
Porque a vida é passageira... é Trem-Bala.

Decifrando Segredos

DECIFRANDO SEGREDOS

Sim... Sozinho na vida
Curando as pequenas e grandes feridas
Sem limites para prever o futuro
Um homem entre o precoce e o maduro...

Não sinto mais o coração
Sou filho pródigo da ilusão
Bati de frente com os desatinos
Não sou mais dono do meu destino...

Porém acredito na paz interior
É o que se ganha ao conhecer amor e dissabor
Sou sim filho carente da solidão
Consequentemente sou romântico por devoção...

E é assim que continuo o viver
Decifrando segredos para me conhecer
Ultrapassando qualquer tipo de dor
E crendo que a vida é exemplo diário de amor.

Sentimentos e um drink gelado

Palavras escritas, pensamento distante
A vida é cavaleiro errante
Somos efeitos das nossas ações
Rosas não vencem canhões...

O viver é sinônimo de redemoinho
Há um dilema ao se viver sozinho...

A realidade se apresenta nua

A felicidade, as vezes, é crua

Questiona-se a morte e a vida
Agir com emoção só deixa feridas
O ser se mutila ao deixar de ser
O sentimento te mata ao morrer...

E é assim, sem taça de vinho
Que se comemora a falta de carinho
E nessa lanterna dos afogados
O remédio é um drink gelado.

Frio e Solidão

Tudo tão errado... fim
Um vazio persiste, dentro de mim
História de amor transformada em dor
Não há emoção, tudo acabou...

É o frio da solidão
O abraço é apenas do chão
Não pulsa mais o coração
Acabou-se a ilusão...

Sonhos foram espalhados pelo ar
Vidas bem dividas... Aceitar(!?)
Um grande amor que se desfaz
Sem chances... Aqui jaz...

Agora é viver, sem olhos nem risos
Bem distante do paraíso
Podando lembranças e coração
Mergulhado nos insanos frio e solidão...

Chegastes

O tempo... Recordações
Apego-me ao sonho e as canções
Lembranças que o relógio não desfez
Risos e lágrimas de uma só vez...

Então chegastes
Eu amei, tu amastes
Quem diria que você vinha!
Ninguém, só as batidas cardíacas minhas...

E eu fui, apaixonado e sincero
Meu coração disse "te quero"
Nossas vidas eram calmas, razão
Viraram tempestades, tufão...

E prefiro sim o furacão dos teus abraços
O seu amor preenche os meus espaços
Sei que o destino nos deu um nó
Mas eu e você sempre seremos um só.