Página em branco, sentimento ilhado
Perguntas na alma, coração sufocado
O livre arbítrio me fala em amor
O meu corpo pede calor...
São horas difíceis de reflexão
Paz e cama pedem comunhão
Meu ser queima com tamanha paixão
Não há meio termo para coisas do coração...
Quebra-se o silêncio dos inocentes
Nossos corpos quentes estão dormentes
Sabor e pecado se dão uma trégua
Mas não se prende o amor numa régua...
Página escrita, finalmente
Só a noite sabe o que o poeta sente
Só a madrugada grita o que tá silente
E só a poesia esfria um amor tão quente.