Senhorita

Vejo-te do meu lado
Coração dispara sim, muito acelerado
Nas mãos uma fotografia
Na alma mergulho na fantasia...

Mas não quero a ilusão
Não vou te amar em vão
Mesmo contrariando a razão
Chamo-te e te entrego minha singela paixão...

Sim, senhorita, não te peço somente as mãos
Peço-te o corpo e o espírito com devoção
Virás e viverás comigo cada palmo desse amor
Sentirás, corpo a corpo, nosso efervescente calor...

E não te terei somente do lado, assim
Estarás, como um só ser, dentro de mim
Então gritarei com toda as forças possíveis
Que te amei cada segundo de formas impossíveis...

No Seu Tempo

Cartas sobre a mesa
Luz vermelha acesa
No jogo da vida pontadas nos corações
O viver exige decisões...

E o ser mergulha na realidade
Entende os limites da felicidade
A voz se cala, o coração consente
Compreende-se tudo que é ausente...

A vida então se define
Pede-se ao espírito que ensine
Adormece o que é abrasante
A calmaria se faz constante...

E, de repente, tudo fica silente
Palavras se vão, paulatinamente
De repente, não mais que de repente
O sentimento se esvai, indefinidamente.